domingo, 20 de dezembro de 2009

Ontem, hoje, amanhã.

É domingo.
Acordei às sete e meia, fiz café, amei o cheiro e a luz da manhã e me senti numa música do Lô Borges. Comecei a pensar no ano que passou. Pela primeira vez eu sei quem eu sou. E gosto.
A gata ronca na poltrona, o silêncio é interrompido pelo caminhão de lixo rosnando. Foi. Silêncio de novo.
Ontem eu aprendi a usar uma furadeira.
É que nem viver, que não tem segredo. Só dá trabalho.
Tenho me comprazido com trabalho.
Depois, naquela hora do dia em que acabam os afazeres e a casa fica quieta, eu posso olhar o meu obrar como eu olhava as pinturas que eu mais gostava no museu-faz silêncio dentro.
Estou apaixonada pela continuidade do tempo

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